Mais uma quinta-feira cinzenta em Curitiba, hoje os jornais estão surpreendentemente bons, com matérias diversificadas e que chamam a atenção por sua relevância. A Gazeta do Povo trás em sua capa uma foto emocionante direto da China, uma chinesa soterrada segura na mão de uma mulher em um silêncio que parece falar muito mais que qualquer discurso. O número de mortos na China já chega a 15 mil, e pode chegar a 50 mil.
Enquanto isso em Mianmar, o número de vítimas fatais estimado pela ONU é de 120 mil, e o número de desabrigados ultrapassa a marca de um milhão, qual é o tamanho da ajuda internacional? Zero! Por quê? Porque o governo ditatorial local não permite a entrada em seu território por não querer influência extrangeira em seu povo.
Certa vez escrevi um post, chamado quando a “arrogância mata”, são casos bem diferentes, mas em Mianmar como na Inglaterra a arrogância está custando a vida de centenas de milhares de pessoas.
Outra pergunta que vale a pena ser feita é: onde estão as tropas da ONU, OTAN e dos próprios países aliados em casos como este? Por que não impõe sua força assim como fizeram no Afegânistão e Iraque? A vida das pessoas de Mianmar vale menos que as vidas dos americanos e ingleses?
Toda vez que nos deparamos com coisas como estas nos deparamos com uma verdade inconteste do capitalismo: valemos tudo que representamos! Representamos poder, riqueza, prestígio, assim o somos