Houve uma época em que questionava o fato do Burguer King Brasil do Shopping Curitiba manter um funcionário só para verificar se as pessoas tinham ou não o direito de repor o refrigerante no sistema refil (algo absolutamente comum em países da América do Norte ou Europa), hoje vejo que eles tem total razão, a gente não se ajuda. A iniciativa da Prefeitura de Curitiba: disponibilizar livros para a galera ler durante o trajeto, quando terminar, devolve, sem complicação, sem cadastro, na base da honestidade das pessoas, honestidade? Apenas 15% dos livros volta para que demais usuários possam ler. Apenas 15%.
Mais um exemplo? Na Europa a figura do cobrador de ônibus é praticamente inexistente, você entra no trem, metrô ou busão passa o cartão e paga a sua passagem, simples, na base da honestidade. Há uma fiscalização por amostragem e os números de multas aplicadas (50 euros) cai ano pós ano, e a maioria deles é de turistas que convenhamos, podem não saber como funciona o sistema.
Quer mais? Na Suécia há o transporte gratuito, para quem precisa de transporte gratuito. Não tem fiscalização nenhuma, ninguém perguntando se você está realmente sem dinheiro, apenas uma porta aberta e caso você precise, passe, simples assim.
Reclamamos, e muito, dos governos e temos toda a razão em reclamar, mas será que temos moral para reclamar? Temos dado exemplo aos nossos filhos de como agir no futuro?
[important][/important]Pode parecer pouco, é “apenas” um livro, é apenas algo grátis, é apenas um copo de refrigerante, apenas pular uma catraca, apenas furar uma fila, vivemos no mundo do apenas, apenas para reclamar.