O mundo se pergunta desde sempre: tudo já está desenhando? Quer dizer, eu e você vivemos um roteiro pré-definido e todos os finais já estão escritos?
Se sim, ainda temos o livre arbítrio?
Cada pequena decisão que tomamos na vida, cada pequeno passo que damos muda todo o jogo. No incrível Um Som de Trovão por Ray Bradbury, (o livro, porque o filme é ruim demais) um grupo de viajantes no tempo vai fazer uma excursão ao passado. Cada passo é meticulosamente calculado para não causar qualquer mudança no tempo, até que algo dá errado e uma das pessoas pisa em uma borboleta, desencadeando toda sorte de mudanças.
Achou meio exagerado? Então deixa eu te falar de um milagre: você! Sim, você mesmo.
Já fez a conta da séria de coisas que precisaram dar certo para que você estivesse hoje aqui lendo esse texto?
Você precisou de 2 pais. 4 avós 8 bisavós 16 tataravós e por aí vai…
Ou seja, você é resultado de milhares de pessoas, se apenas uma delas tivesse tomado uma decisão diferente, rejeitado um convite para sair, escolhesse uma profissão diferente, tivesse pego uma condução diferente, você não estaria aqui.
Então, sim, você é resultado de um milagre.
Cada pequena decisão que tomamos, ir ou ficar, falar ou calar, agir ou reprimir tem consequências, ainda que muitas vezes não saibamos disso.
A mãe que não manda o filho pra escola e o ônibus sofre acidente, ou a mãe que insiste para que o filho vá, e também ocorre o acidente.
Toda decisão é definitiva. Ainda não que não saibamos disso.
Não tomar decisões, também é uma decisão. Então, no roteiro da vida, o que cabe a nós?
Tomar decisões que conscientemente não prejudiquem ninguém, porque, indiretamente, sabemos, cada decisão terá uma consequência, e ela pode ser um milagre desconhecido.