Mais um dia, mais um comentário, e esse confesso que não gostaria de estar escrevendo, não porque conheço pessoalmente o objeto de meu comentário, nunca o vi e não porque morro de paixões pelo jurídico do meu clube de coração, também não é verdade. Mas é verdade que eu sempre conferi ao político, advogado e cronista esportivo Airton Cordeiro o meu mais alto conceito e ontem me decepcionei:
ouvindo o programa Transamérica Esportes que diariamente me faz companhia no trânsito de Curitiba ouço atentamente o competente repórter Jairo Silva dando “as últimas do Atlético”, em sua matéria Jairo comentava o lamentável episódio envolvendo o torcedor que arremessou um copo no gramado e depois foi detido pelos seguranças do Atlético e recebeu diversas agressões de outros torcedores que estavam por perto. Na volta das matérias normalmente os comentaristas analisam a situação do time, foi quando me estarreci ao ouvir Airton Cordeiro se colocando contra a venda de bebidas alcoólicas em estádios, argumentando que se a caso não tivesse sendo vendida a bebida talvez aquilo não tivesse acontecido e que uma das melhores medidas que a CBF tomou este ano foi proibir a venda de bebidas alcoólicas em nos estádios e que no Atlético a venda continuava vendendo por conta de uma liminar, aí Airton soltou: “O Clube não é obrigado a cumprir essa liminar, afinal a praça de desportos é dele” e por aí seguiu a sua critica.
Para os desavisados, Airton Cordeiro ajudou a elaborar a constituição brasileira como parlamentar, ele é também um dos principais personagens que garante ao jornalista o direito de manter o sigilo da fonte, daí minha admiração por ele, agora ele pregar o descumprimento da lei? Logo ele que se diz vitima do clube, que se diz perseguido e só entra no estádio graças a uma liminar? Por que o Atlético deve desrespeitar a liminar das “bebidas” e não pode desrespeitar a liminar da “rádio”?
Fiquei triste ao constatar: que as críticas foram feitas por se fazer, qualquer coisa é motivo para tal.