O respeito ao diverso é algo muito difícil no atual momento do Brasil. Outro dia mostrei que era contra o modo como os médicos do Programa Mais Médicos vieram ao Brasil, virei “coxinha”, elitista, racista e por aí vai. Não importavam meus argumentos, importava que eu estava contra a maré e pronto, portanto devo levar “bronca da galera”.
Na onda de protestos me coloquei contra o vandalismo, contra a limitação da liberdade de ir e vir das pessoas bloqueadas pelos protestos e questionei também quantas daquelas pessoas sabiam pelo que protestavam. Outra vez ofensas e mais ofensas, outra vez fui contra a maré.
Não quero que todos concordem comigo, muito pelo contrário, o diverso é o que torna a discussão tão bacana, que chato seria viver em um mundo de unanimidade. Mas sim, quero ter minha opinião respeitada. Sim, tenho todo o direito do mundo de achar o que bem entender sobre o que quiser, você pode concordar ou não, mas eu tenho o direito de me expressar.
Você pode não concordar com os protestos de rua, pode nunca ir para as ruas reclamar os seus direitos, e isso é um direito seu, (perdão pelo trocadilho), mas respeite que você vive em um país plural em que pessoas tem o direito de se expressar como bem entenderem, se passarem do ponto, que sofram as consequencias.
Tenho amigos que falam as maiores barbaridades sobre política, futebol, enfim, mas essas barbaridades são apenas a minha opinião, simples assim. Você não precisa concordar comigo, não precisa nem discutir comigo, basta apenas respeitar o meu direito de pensar desta ou daquela maneira.
Você pode me achar tosco por preferir assistir o jogo do Brasil com a narração do Galvão, ok, você prefere o Luciano do Valle, troque de canal. Quando eu for na sua casa assistir, assisto o Luciano e fico “de boa”, quando você for na minha casa “fique de boa” com o Galvão. Eu posso gostar de música sertaneja e você de rock, quando você estiver comigo ouça Tonico e Tinoco, quando eu estiver com você ouvirei Iron Maiden com todo o prazer.
Podemos nunca concordar com a opinião alheia, você pode achar que os mensaleiros quebraram o Brasil ou dizer que as privatizações nos botaram no buraco. São posições, como todas as previsões há uma margem de erro e acredite:
Você pode estar errado.
E se eu puder, humildemente, lhe dar um conselho, acrescente nos seus comentários um prefixo:
– Na minha opinião…
Pronto, você está convivendo com aquilo que não concorda, está expressando a sua opinião e a vida segue, só que desta vez, muito mais civilizada e amigável.