E se a partir de agora ninguém mais fosse algemado ou preso? Assim como Cacciola, quando um cidadão tivesse que ser encarcerado as algemas fossem dispensadas? Não importando a classe social a que a pessoa pertence, independentemente de ter roubado um pote de manteiga assim como a senhora mineira que ficou 8 meses na prisão e ainda responde a um processo, ou roubado bilhões como Dantas que ficou algumas horas na cadeia e pretende desqualificar as provas da defesa.
Que tal lhe pareceria se a polícia matasse igualmente a ricos e a pobres…abordassem da mesma maneira o negro que mora na favela próxima a sua casa e o branco que mora no bairro nobre também perto da sua casa. Que tal lhe parece se aqueles 3 jovens que bateram com um pedaço de pau um jovem, pobre, mulato, evangélico e trabalhador para o hospital, fossem julgados e tratados com o mesmo rigor que o jovem que arrumou uma briga de bar na periferia e após alguns goles foi preso, algemado e jogado em uma cela onde cabiam 10 e continha 50.
E se nessa nossa elucubração restasse um espaço para o sonho? Em que os cidadãos não teriam que provar que são honestos porque todos o seriam. Se em nosso desvario o mundo fosse totalmente justo e pobreza fosse sinal de mais trabalho e não de miséria, que político fosse sinônimo de representação e não de corrupção e que justiça social fosse uma prática constante e diária e não apenas uma palavra contida em Constituição de 88 a que a maioria dos brasileiros jamais teve acesso. Que tal fosse essa constituição fosse realmente guardiã do bem mais precioso em uma sociedade: a igualdade.
Nesse mundo platônico que criamos, Gilmar Mendes, poderia quem sabe julgar com isonomia a todos sem se preocupar em mostrar a todos que está cumprindo a lei.
Mas é claro que tudo isso é apenas uma mera elucubração…