Vilipêndio, sempre achei esta palavra bacana e pensava escrever essa palavra em algum texto neste blog, não será desta vez, mas é bom que todos saibam que falarei sobre vilipêndios em algum momento.
Aliás qual é necessariamente a liberdade que uma pessoa tem para falar algo? Para fazer algo? Ou quem sabe desenhar algo? Recentemente o cartunista Solda, foi acusado de racismo. Na charge que fez, mostra um macaquinho fazendo para banana. O macaco Segundo os “intendidos” (com ï”mesmo) do assunto era Obama em sua visita ao Brasil. Segundo Solda, nada mais é que uma referência a República das Bananas.
E realmente importa quem tem razão? Solda perdeu o emprego e ficou com pecha de racista, Paulo Henrique Amorin, ficou com o ar de “denunciei o racismo”e nós com caras de bobos. Bobos porque não pudemos ter a opinião sobre o caso, a maioria aceitou a opinião do renomado “jornalista”que alias defendeu em uma palestra para o sindicato dos Jornalistas de Curitiba ser contra o diploma e disse mais, qualquer um pode ser jornalista lendo apenas 5 livros, mas esta é uma outra história.
A censura no Brasil é velada, ela existe desde áureos tempos, a própria corte comprou um jornalista que não fazia referëncias elogiosas a ela. No mundo manda-se matar mesmo. Aqui se manda embora e coloca-se um carimbo invisível na testa da pessoa em que diz ˜racista”.
No Brasil algumas coisas são proibidas:
– falar mal de índios
– falar mal de negros
– Falar bem de militares no tempo da ditadura
– falar mal do bolsa família
– falar bem do bolsa família
E por aí vamos… temos censura sim. Vamos ao extremo? Imaginemos que o cartunista em questão tivesse como intenção o racismo. Tem um veículo online que o publicou. Acreditamos nós que os ofendidos não teriam a capacidade de dar uma resposta a altura? Isso não é racismo? Outro dia li uma charge que falava do “Polaco da Barrerinha”, acho que me senti ofendido. No colégio, diziam:
Polaco da Nhãnha dá um peido sai castanha. Ofensa? Sim!
É evidente que não estou fazendo apologia ao racismo que é tão escroto que não conseguimos nominar. Não estamos também fazendo alusão a luta de cor, as únicas cores que devem lutar são as da caixa de lapis de cor no seu penal.
Estou apenas defendendo que uma pessoa deve ter o direito de fazer o que bem entende, e que aos ofendidos servem os tribunais e as sentenças condenatórias. É verdade também que há muitos séculos negros de todo o mundo sofreram toda sorte de provações e humilhações, mas deram a volta por cima e provaram que são tão bons quanto qualquer um.
Desenhos, palavras pouco representam perto da luta de um povo, que não deve ser unido por luta de classes ou cores, que não deve ser separado em cotas ou histórias de sofrimento. Deve sim ser unido em busca de um objetivo comum, a educação. Pessoas educadas fazem o certo simplesmente porque entendem que o certo pode lhes levar a um caminho melhor. Pessoas educadas sabem entender textos e charges de modo a não ver macacos onde só há apologias.
Por fim pessoas educadas nasceram para serem melhores que as outras. Eduquem suas crianças, não as deixem a sorte da internet ou de textos canastrões, e todo texto pode ser canastrão, inclusive este, tudo depende da educação que vocë tem para lê-los.
Mas, mais importante que tudo isto é que um dia, falarei sobre vilipêndio.