Era uma vez uma pessoa que tinha medo do desconhecido. Esse medo a deixava ali, parada, sem reflexos.
Era uma vez uma pessoa que tinha medo do que outros poderiam pensar sobre ela. Esse medo a deixava ali, parada, sem reflexos.
Era uma vez uma pessoa que tinha medo de julgamento. Esse medo a deixava ali, parada, sem reflexos.
Um dia esses três medos se encontraram e se vangloriavam de como eram bem sucedidos na missão de deixar seus hospedeiros com medo, o primeiro dizia:
– Meu hospedeiro não conhece locais bonitos pois acha que não será bem aceito ali, que não tem roupas para ir, eu sempre arrumo uma desculpa para que ele dê a si mesmo e aos outros.
O segundo medo não deixou por menos:
– Meu hospedeiro não toma nenhuma decisão sem ter certeza absoluta de que as pessoas vão gostar do que ele está fazendo, já o fiz perder muitas oportunidades.
O terceiro ainda mais entusiasmado afirma:
– Meu hospedeiro poderia ser chamado de xerox, por ter medo do julgamento só usa o que todo mundo usa, só pensa o que todo mundo pensa e só tem as opiniões que todo mundo tem, outro dia quase se revoltou e quis ter uma opinião diferente, ah… cortei as asas rapidamente.
Algum tempo depois, em uma noite como tantas outras noites, a mesma a pessoa sonhou, e no sonho sem nenhum tipo de medo para brecar seus impulsos, desejos e pensamentos, ousou ser feliz por si só pela primeira vez. Hoje, não há nada que a pessoa queira mais no mundo do que sonhar ser feliz novamente, mas infelizmente, tem muito medo de tentar uma vez mais.