Hoje é o dia primeiro de abril, e peço licença para fazer um texto menos jornalístico e mais “coração” se não gostas desse tipo de leitura, sugiro que pare por aqui. Tradicionalmente o dia da mentira. É uma data antiga que vem desde quando resolveram fazer com que o ano começasse em 01 de janeiro e não mais em 01 de abril. Hoje vinha para trabalhar pensando em como poderia “sacanear” no bom sentido é claro as pessoas ao meu redor com mentirinhas que arrancariam de mim e dos demais ao meu redor algum tipo de gargalhada.
Mas vindo para cá vi coisas que não tem graça nenhuma… vi na capital social um andarilho que se esmerava em pedir alguns trocados seja para o sustento do seu corpo ou do seu vício e não era bem atendido por ninguém. Quando se presta atenção em coisas assim parece que um mundo paralelo se abre diante dos seus olhos, algo que sempre esteve ali, imóvel, intacto, intocável: o mundo dos excluídos. Tal qual Alice em sua viagem pelo país das Maravilhas, fui percebendo coisas além do espelho, uma mãe que aguardava em uma longa fila com a filha paralítica para entrar em um ônibus e mesmo assim mantinham o sorriso. Vi também um mau humorado playboy a bordo da sua BMW ao lado do “Carlos Fazemos Tudo” uma belina setenta e alguma coisa com pessoas de roupas de trabalho fumando e sorrindo por alguém lhes ter dado o que tanto buscam…trabalho.
E a medida que ia passando, mais e mais coisas via e nada fazia. Cheguei, me sentei a frente do meu computador e o melhor que fiz para o mundo até agora foi escrever estas linhas que umas 10 pessoas irão ler, concordar ou não e seguir com suas vidas. Ponto fim a esta elucubração, senti-me agradecido pelos dias que passo com saúde e ao lado de todos aqueles que amo, minha família e meus amigos. Meu mundo é este, e muito pouco tenho feito para melhorá-lo, mas tenho tentado!