Há pessoas que choram em filmes, elas são boas? Ou os filmes são bons? A partir de uma constatação dessas o que é possível dizer sobre essas pessoas? Há pessoas boas ou más ou somente tem criações diferentes?
Somos criados de maneira distinta, meninas gostam de rosa, meninos gostam de azul, e é assim. Todos os dias somos bombardeados por todos os tipos de protótipos de vida, uma espécie de manual de instruções que em teoria devíamos seguir de modo que nossa vida se tornasse em uma maravilha sem precedentes.
Outro dia, assisti pela terceira vez e pela terceira vez me emocionei com o filme O Curioso Caso de Benjamin Button, uma super produção que com certeza chamou a atenção por sua alta qualidade, mas acima de tudo pelo recado que passa a sua audiência.
Button contraria o manual de instruções da sociedade, nasce velho e morre jovem. Ele diz não ao egoísmo e deixa para trás o que mais amava, por entender que a felicidade das pessoas que lhe eram tão caras estava atrelada a esta atitude. Button não era exagerado, não chorava demais, não ria demais, não era feliz ao extremo, não era triste ao extremo,simplesmente vivia dia após dia.
Enquanto rejuvenescia, Button, tinha a coragem de buscar no mundo as respostas para as suas dúvidas , entendia que conhecer as pessoas diferentes dele próprio poderia levá-lo ao entendimento de suas aflições. Button pode ser Cada um de nós? Teremos um dia o esclarecimento de tudo aquilo que tanto buscamos? E afinal, o que buscamos?
O entendimento individual, nosso caminho em busca de nossa própria verdade é, talvez, nossa missão em termos humanos, sociais e,por que não, espirituais. Afinal, há pessoas que nasceram para chorar, outras nasceram para rir, outras para nos fazer rir ou chorar, e assim convivemos em busca de um estado de espírito aceitável e prazeroso.
Todos os dias em que buscamos na individualidade o parecer de nossos medos e impotências, crescemos um pouco, porque no menor resultado, refletimos e aprendemos!