Barrados no Baile

Qual é a linha que divide a prevenção do preconceito? Ontem no Shopping Palladium de Curitiba foi barrado na entrada do local e tiveram sua entrada impedida. A justificativa? Estavam em cinco e usavam camisas de times de futebol! E…? E isso!
Afinal qual é a essa linha? É verdade que os freqüentadores tem o direito a segurança, mas é verdade também que cada qual tem o direito de ir e vir como bem entender, em grupos de quantos achar necessário e ninguém tem nada a ver com isso.
Casos de preconceitos são antigos e são protagonizados diariamente, inclusive pelos governantes. Veja o caso dos bares que devem fechar às 22h: com esse ato o poder público está afirmando que todos os freqüentadores desse horário estão propensos a cometer algum crime. Preconceito! É verdade que a maioria dos crimes em bares acontecem após esse horário, mas é verdade também que já passou da hora de nós cidadãos brasileiros tomarmos a iniciativa e deixarmos de sermos tão passivos quanto aos abusos que nos são cometidos.
Aconteceu Comigo!
Em 2006, saindo de um jogo de futebol e acompanhado de minha namorada e mais um casal de amigos decidimos ir jogar boliche, naquele que fica junto do Condor no Alto da XV (antigamente era Pão de açúcar), o segurança barrou nossa entrada justificando que para evitar brigas a casa não permitia a entrada com camisas de futebol, sem placas, sem anúncios, simplesmente assim, um segurança, uma proibição e uma conformação.
Mas eu nunca fui assim, digamos passivo: me coloquei a frente da porta de entrada, não deixei ninguém mais entrar e chamei a polícia e o Procon, quando terminei a segunda chamada o proprietário quis me “comprar” com uma entrada livre e consumo por conta da casa (aí há também o fato de estar portando um gravador e gravando tudo) não aceitei. O segurança e o gerente foram presos por preconceito (liberados 10 min depois) e tiveram que pagar uma multa de 10 salários mínimos, doei tudo! Para mim ficou o sentimento de dever cumprido, o que é ótimo!

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