Outro dia, escrevi em meu Twitter que juízes deveriam, tal quais técnicos de futebol, a dar entrevistas coletivas explicando suas decisões. Já me cansei de ter que em uma edição de jornal contar que fulano fez isso e aquilo e no dia seguinte noticiar que a justiça mandou liberar o cidadão porque não havia provas disso, eu menti? A polícia mentiu? As testemunhas mentiram?
Vejamos o caso do “Habibinho” aquele que a imprensa fala o nome (que nesse caso não tem a menor importância) aliado com o adjetivo “filho de um diretor da Assembléia”. Ele foi preso em flagrante por se envolver em um acidente que resultou na morte de quatro pessoas, ter se negado a fazer o exame de bafômetro e segundo a polícia estar visivelmente com sinais de embriaguez.
Quatro dias depois a polícia mandou soltá-lo, ué a autoridade policial mentiu? Em seu despacho o juiz disse que as testemunhas tinham opiniões dissonantes (ou seja, diferentes) que os tais sinais de embriaguez poderiam ter sido causados pelo air bag de seu Pajero que protege a vida mas causa deformidades no rosto, e que o empresário não fugiu do local, por tanto, presume-se que tudo não passou de um terrível acidente.
Não estou aqui contestando a culpa ou não do rapaz, acidentes acontecem e poderia ter sido com qualquer um de nós, agora… temos um policial, temos testemunhas e nada disso valeu nada? Tudo o que foi noticiado não passou de um grande mal entendido?
juízes deveriam sim dar esclarecimentos a sociedade sob seus atos, porque em situações como esta alguém vai sair com a reputação manchada: ou a imprensa por noticiar e propagar inverdades ou o poder judiciário por liberar pessoas de culpa baseados em presunção pessoal.
Nas duas situações, a sociedade é a grande derrotada!