Sempre acreditei nas pessoas, e não escrevo isso como uma forma genérica ou com o intuito de angariar simpatia para mim, não. Sempre, realmente, acreditei nas pessoas. Se alguém chegar agora me convidando para ver uma vaca voar a chance de eu me levantar acreditando que realmente verei tal vaca é de 99%. E este tipo de coisa, ultimamente, tem me trazido mais problemas do que nunca.
Dia a dia trabalho em média nove horas por dia. Não estou reclamando, nem de longe, entendo que para buscar algo temos que de fato fazer por merecer. Há trabalhos que necessitam de meia hora de sua atenção, há outros que necessitam de maior atenção, sem dramas, enfim, sempre acreditei que o suor, a inteligência me levariam a conquistar as coisas. Até me trouxeram muitas, mas atualmente é preciso mais. É preciso estar atento aos espertalhões. Aqueles que buscam se aproveitar desse seu suor em benefício próprio. Que te enganam, que mentem, que fazem os maiores rodeios para no final venderem toda a dificuldade do mundo.
Já escrevi aqui que entendia que sim, devemos nos preocupar com o próximo, pois, parece que estou em um grupo muito pequeno ao pensar assim. Aqui no meu trabalho, por exemplo, tenho diversos ex-clientes que simplesmente entendem que não devem o que devem. Não importa se você tratou, assinou, combinou acertou, aceitou. Se recusam a te atender, a te pagar ou ainda dignificam-se a responder seus emails, como se isso fosse a coisa mais comum do mundo.
Entendam que aqui não falo dos prejuízos financeiros que isso acarreta, não. Falo da falta de palavra, da pouca preocupação com o que é certo, com o que você disse que era bom, que queria, que buscava e de repente, sem te falar, sem te responder, sem se comunicar, mudam de ideia, ou seja, mentiram. Faltaram com a palavra, e isso, meus amigos, não é outra coisa que não falta de caráter. E caráter é algo que o seu suor não pode compensar.
Há coisas que simplesmente fogem do teu controle, que não há o que fazer. Cuidar de pessoas com má formação, é uma delas. Nestes anos de empreendedorismo aprendi o que não queria: há muitas pessoas, mas muitas mesmo que simplesmente enriquecem as custas do trabalho dos outros. Seja pagando salários menores do que poderiam aos seus, seja enganando propensos parceiros.
Há punição? Não sei. Duvido. A maioria das pessoas que se encaixam neste perfil estão muito bem, obrigado. É verdade que não conheço suas vidas pessoais e também não posso avaliar seus sonhos, mas aos olhos nus, exibem a melhor das formas.
Fico, de verdade, muito triste com isso. Queria jogar o jogo do ganha-ganha, mas o jogo jogado é “quem engana mais chora menos”. É triste, mas é verdade.