Ontem falamos sobre a Curitiba que dá pena. E hoje vamos uma vez mais chamar a sua atenção para algo que os turistas não sabem que existem (ou pelo menos fazem de conta que não sabem) e que os curitibanos cobertos pela couraça das propagandas fazem de conta que não o sabem.
Os fantasmas! Os fantasmas da vida real são aqueles que nos cercam e não vemos, que vivem nos sinaleiros pedindo nossa esmola e nossa atenção e mesmo assim não os vemos. Eles dormem nas calçadas, em frente às lojas, temos que saltar sobre eles, desviá-los das calçadas para que continuemos nosso caminho.
De vez em quando esses fantasmas invadem a nossa vida perfeita nos noticiários: no Bacacheri “um fantasma” teve o rosto queimado com ácido. No Alto da XV, na madrugada de segunda “Os Caça Fantasmas” agiram e mataram o fantasma conhecido como João da Muleta. Um fantasma boa praça, modelo Gasparzinho, mas sofria com o alcoolismo. Os Ghusbusters dessa vez nem precisaram daquela maquininha de recolher espectros, usaram a própria muleta do João para acabar com sua “existência” na vida real.
Assim são os fantasmas de Curitiba: eles existem, mas fingimos que não! Eles falam, e fingimos não ouvir! Eles param em nossa frente tais quais pedras para barrar nosso caminho, e tal qual uma pedra os desviamos. E caso eles insistam em continuar aparecendo, algum Caça Fantasma muito valente irá resolver o problema definitivamente.