O grupo, cega.

Em algum lugar do espaço tempo, como diria Dr. Brown, alguém olhou pro lado e falou:

– Hei, eu sou maior, mais forte, mais inteligente que esse cara aqui. Para o bem de todo o povo irei mandar nele.

Por motivos alheios a compreensão lógica, a maioria concordou e passou a se submeter a vontade imposta por aquela figura.

Nascia assim o ser messiânico.
Aqueles que a maioria defende, sem mesmo entender o motivo.

Vamos pensar na nossa realidade?
Lula e Bolsonaro.

Duas pessoas cheias de carisma que cooptam multidões para defender ideias que desconhecem. Basta vermos os debates acalorados em redes sociais e em manifestações. Não importa o que cada um faça. Será defendido por sua trupe.

E não importa, mesmo!
Coisas como defender fuzilamento de pessoas por pensarem diferente ou dizer que a polícia só bate em quem tem que bater. Tudo é justificado por uma paralisia cega de bom senso.

Mas não se enganem. Sempre foi assim.
Sempre tivemos os que mandam, os que acreditam e os que obedecem.

Algumas vezes esse jogo mudou.
Mas como a história se repete em ciclos, o oprimido de hoje transforma-se no opressor de amanhã.

A triste verdade sobre tudo é que estamos sempre certos, porque de maneira geral estamos errados. Parece paradoxo, e é. Nosso cérebro opera de maneira a acomodar maiorias, não ter que enfrentar qualquer coisa sozinho. Então, a maioria comanda. Poucos questionam.

Durante o período de Hitler no poder, um discurso em Hamburgo em 1936 chamou a atenção. Não pelos disparates insanos de um louco em que a maioria seguia cegamente, mas por um homem. Um único homem que no meio da multidão não se deixou levar e negou a saudação nazista.

Por quê? O que aquele cara tinha de especial?
Como ele conseguiu ver o que a multidão entorpecida não conseguia?

Alguns dizem que as pessoas só se revelam em grupo.
Não sei se isso é verdade, mas algo é fato: somos o que demonstramos.

É simples, assim.

Compartilhe: