Há muitas pessoas que deixam de fazer coisas em função de algo que é representado na língua portuguesa por apenas quatro letras, duas sílabas, duas vogais e duas consoantes: MEDO.
O medo paralisa pessoas em todo ramo de atividade, em relacionamentos em expressar a opinião. Há pessoas que não saem de casa porque tem medo de serem confrontadas, medo da avaliação alheia, medo do confronto em geral.
Quantas e quantas vezes encontrei pessoas que se perguntavam:
– E se ele não gostar?
Se ele não gostar, não gostou, é um direito que ele tem. As maiores descobertas da humanidade nasceram da desavença, nasceram do contraditório. Os grandes debates nascem a partir deste conceito. Mesmo assim a insegurança vence.
Nas escolas deveríamos ser estimulados a duas coisas: contradizer e aceitar o contraditório. As redes sociais nos dão uma boa mostra de como somos péssimos nisso. Alguém tem uma opinião que você não concorda? Pau nele! Não tem argumento. Não tem base, na minha opinião você falou bobagem então vou escolher as piores palavras do meu “vasto” vocabulário e lhe atacar.
Recentemente gravei um vídeo sobre os chamados “black bloc”, desde então coleciono palavrões que recebo, como não tenho medo de me molhar sorrio todas as vezes, acho graça. Não há argumento contra o que eu disse, não explica por que eu sou um FDP, por que eu sou um capitalista manobrado pelos grandes bancos ou por que eu sou um jornalista de merda. Simples agressões.
O anonimato da internet faz com que muitas das coisas que lemos e ouvimos sejam ditas sem censura, o que seria bom se tivessem qualquer tipo de conteúdo, mas não tem. A internet é um território livre, e na minha opinião, tem 90% do seu território conquistado por idiotas. 🙂
Como eu disse, se tem medo da chuva nem a capa te salva.