Blog do Ediney

Polêmica: por favor, acabem com os partidos políticos

Votaram nele ou no partido dele?

Sempre achei que a coletividade potencializa as mazelas do caráter humano. Aliás, o ser humano sempre procurou andar em bandos para, antropologicamente falando, potencializar sua liderança, esconder seus defeitos, afinal, qual é o melhor lugar para se esconder se não no meio da multidão?

Todo este parágrafo foi  tangenciar uma opinião polêmica: acho que os partidos políticos não deveriam existir. Acredito que deveríamos votar em PESSOAS e suas ideias e não em aglomerados de pessoas com seus INTERESSES.

Me dirão, mas há exceções. Há? Onde? Qual é o partido que nunca teve seus quadros manchados pela corrupção, pela oposição fácil ou pela negociata sórdida seja de cargos, salários ou tempo de tv? Não encontrei, mas aceito exemplos.  O novo partido, que chama-se PSD, nem nasceu e já teve seu nome vinculado a assinaturas falsas.

Votando em nomes e não em conglomerados de pessoas poderíamos acabar com mazelas da nossa legislação como a lei da proporcionalidade de partidos, que faz com que caricaturas como Tiririca e Romário levem consigo para a câmara figuras, digamos, de caráter questionável.

Votando em nomes certamente não acabaríamos com a corrupção, mas daríamos um duro golpe nela.  Os nobres parlamentares iriam votar de acordo com sua consciência e não de acordo com as indicações de seus líderes de partido.

A distribuição de cargos mudaria de patamar, sem ter que “agradar gregos e troianos” a competência seria valorizada, no máximo, o ego de um ou outro parlamentar teria que ser satisfeito, mas enfim, até na guerra perdas são previstas.

Alguns ainda contestarão, como distribuiremos o tempo de tv e rádio? E eu pergunto: Tempo de tv e rádio? Por que tê-los?  Em um mundo digital, cada um poderia fazer sua campanha sem se preocupar com distribuição de tempo. Mas se fazem tanta questão, vamos distribuí-los somente aos candidatos majoritários que terão direito ao tempo se apresentarem uma série de coisas como plano de governo, assinaturas de apoio ou algo semelhante. No mais, a falta de tempo de tv valorizará o candidato local, acabando (ou pelo menos diminuindo) a soberania do dinheiro nas eleições.

Enfim, esse, na minha opinião, seria o mundo ideal da política no Brasil, uma forma clara de separarmos o “joio do trigo”, não seriamos mais obrigados a ler coisas como as declarações do atual líder do governo do PR na Assembleia que há 4 anos (então na oposição) barrou um projeto de Roberto Requião de aumento dos impostos e taxas do Detran e agora, na situação, defende com unhas e dentes um projeto ainda pior do governante maior de seu partido no PR.

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